quinta-feira, 25 de março de 2010

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A nossa união é fundamental no sentido de dar a conhecer os nossos direitos e também as nossas obrigações.

OS TEMPOS QUE CORREM

Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009
Os tempos que correm

Que tempos são estes?.

Estamos a atingir o limite da compreensão: ao olharmos à nossa volta não vislumbramos uma luz ao fundo do túnel, estamos a perder a esperança, a fé, não acreditamos em ninguém, desconfiamos de toda a gente, não nos sentimos em segurança, tudo parece uma cabala para nos destruir e transformar-nos em objectos de usar e deitar fora. A nossa força de trabalho perdeu interesse e somos descartáveis e considerados velhos a partir dos 35, as nossas parcas economias não estão seguras, sabe-se lá onde andam, os ricos estão cada vez mais ricos, o fosso entre classes parece o grande canyon, os jardins estão cheios de idosos jogando às cartas pois não há dinheiro para mais, os velhos são abandonados pelas famílias nos hospitais ou ainda pior, o sistema financeiro capitalista e global já deu a volta e não serve mais, os sistemas ditos socialistas ou ditos comunistas já caíram à muito tempo, a fome grassa por todo o lado especialmente em África mas não só, trazendo atrás as mais assustadoras doenças dizimando várias crianças por segundo.

O ambiente deteriora-se a cada instante que passa, e continua-se a fazer orelhas moucas a tudo o que está acontecer no planeta.

Até quando o mundo chamado civilizado vai permitir que meia dúzia de nababos vivam em luxo extremo à custa de tudo isto?. Todos nós sabemos que quando o Mundo atinge estes extremos normalmente aparecem os salvadores que são imediatamente aplaudidos e isso constitui um perigo enorme para a liberdade .

Que tempos são estes?.
Publicada por Guilherme Alexandre em Sexta-feira, Fevereiro 20, 2009 0 comentários

PASSAR AO LADO DA AMIZADE

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009
Passar ao lado da amizade
Cada vez mais a palavra amigo e o conceito do que é a amizade têm vindo a ser expoliados do seu verdadeiro significado. O meu amigo isto a minha amiga aquilo, mas na hora em que eles se revelam verificamos que afinal não passava de rétorica e de hipocrisia .
Amigo é aquele que está em todas as ocasiões conosco e não apenas nos periodos de alegria e bem estar que infelizmente cada vez são mais raros na nossa sociedade. É quando estamos a necessitar de apoio, seja na doença, na tristeza ou até naqueles momentos em que erramos e que precisamos que alguém nos chame a atenção que se revelam os verdadeiros e se desmascaram os falsos.
Infelizmente tenho uma experiência própria que me marcou para toda a vida e com a qual se revelaram os meus “amigos”. Quando lutava no dia a dia pela minha sobrevivência passando por aquilo que não desejo nem aos meus inimigos (se os tivesse), verifiquei que as pessoas com o seu grande egoísmo, nem um telefonema fizeram durante os ultimos anos, (“estas coisas fazem muita impressão”). Passaram ao lado como passam ao lado da pobreza nas ruas, como passam ao lado dos vigaristas do dia a dia, como passam ao lado da sinistralidade nas estradas etc... pois estão convencidos que a eles nunca lhes vai acontecer.
Desde que tenhamos o nosso bem estar, o que se passa à nossa volta não interessa (se fosse verdade diria que fazem como a avestruz, mas efectivamente a avestruz não o faz por medo). O egocentrismo marca as ultimas gerações e propaga-se inclusivé às mais antigas por desconfiança e por despeito.
Uma coisa lhes garanto, se eu souber que esses meus “amigos” precisam nem que seja de uma palavra de conforto cá estarei.

Desculpem o desabafo, mas apeteceu-me
Publicada por Guilherme Alexandre em Segunda-feira, Novembro 30, 2009 0 comentários



segunda-feira, 24 de Novembro de 2008


Lamentavelmente todos os anos verificamos a morte de vários companheiros que ao procurarem “aquele peixe” esquecem todas as normas básicas de segurança: em média morrem cerca de 4 pescadores lúdicos por ano.
A primeira causa de morte resulta dos locais extremamente difíceis que alguns companheiros escolhem, nomeadamente as falésias da nossa costa Vicentina que tem contribuído grandemente para as estatísticas.
Por outro lado verifica-se que grande parte dos acidentes acontecem com pescadores experientes e conhecedores da zona o que não deixa de ser contraditório: provavelmente a causa é o excesso de confiança.
Creio que para quem começa será útil lembrar algumas normas, que deverão ser tomadas muito a sério.
1- Conhecer muito bem o lugar onde vai ser a nossa jornada . Verificar o local por onde puderemos fúgir em caso de uma subida repentina da maré.Não confiar em mares mansos. Cuidado com o mar de enchios.
2- Conhecer as condições de mar e condições atmosféricas locais, nomeadamente força do vento e sua direcção.
3- Este conhecimento deverá ser ainda mais tomado em conta se a pescaria for efectuada de noite.
4- Usar calçado adequado às condições do terreno.
5- Usar roupas leves e confortáveis.
6- Usar boné e óculos(durante o dia), não protejem apenas dos raios UV, do calor do sol e do frio, mas também de algum anzol de que não estavamos à espera.
7- De preferência não pescar sozinho.É sempre bom ter alguém por perto que nos dê uma mão em caso de acidente e que possa chamar socorro, caso nós não o possamos fazer.
8- Por vezes ter uma corda forte com alguns metros e alguns nós espaçados pode salvar um camarada.
9- Ter sempre à mão um alicate de corte para o caso de se espetar um anzol.Como se sabe deve sempre sair no sentido em que entrou pelo que deverá cortar-se a argola ou a palheta .
10- Uma pequena mala de primeiros socorros também poderá ser útil nestes casos e não só.
11- Evitar o excesso de consumo de bebidas alcoólicas.
12- Por último, procurar companhia experiente é sempre muito útil, além de ser muito gratificante.
Estas são algumas das normas que reúne o consenso de grande parte das pessoas e dos fóruns preocupados com este assunto.

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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008

Reflexões sobre a partilha de conhecimentos.


Ao longo da minha vida tenho encontrado de tudo, gente boa, gente má, gente assim assim, enfim, pessoas para todos os gostos e feitios. Contudo foi neste nosso pequeno, mas ao mesmo tempo vasto mundo da pesca desportiva aquele em que verifiquei que a partilha de conhecimentos divide efectivamente as duas personalidades mais antagónicas.
Tanto encontramos aquele companheiro afável, e pronto a ajudar, assim como aquele que finge estar a pescar sozinho e nem olha para o lado no sentido de evitar transmitir conhecimentos que só a ele irão permitir levar aquele peixe para casa que lhe permitirá exibir durante horas a fio nas conversas com os seus correlegionários.
Por outro lado tenho contactado com aqueles que se congratulam em ajudar e ensinar sem receber nada em troca. É efectivamente com estes que os nossos jovens podem contar e aprender com a sua experiência e sabedoria, assim como todos os iniciados de qualquer idade neste desporto tão salutar.
Entendi falar aqui sobre isto, pois desejo agradecer publicamente a todos quanto nos sites de pesca desportiva têm oferecido os seus conhecimentos canalizando cada vez mais gente de todas as classes sociais e faixas etárias para este nosso mundo de contacto e respeito pela natureza.
Não vou aqui mencionar nomes nem de sites nem de pessoas, pois todos vocês sabem com quem podem contar.
Muito obrigado a todos.


Segunda-feira, 12 de Maio de 2008

As revistas sobre pesca

Ao longo dos últimos anos foram surgindo para satisfação dos praticantes e principalmente para os iniciados neste salutar desporto, algumas publicações que com todos os seus defeitos contribuirão e muito para a iniciação de muitos e para formação de outros com pormenores mais técnicos que ligados à sua experiência lhes permitiram obter melhores resultados.

Claro que como é habitual no nosso País o mais fácil quando se pretende iniciar algo é copiar do que já está feito e ver a aceitação por parte do público alvo.Ora todos nós sabemos que mais tarde ou mais cedo a nossa realidade vem ao de cima e a curiosidade e aceitação inicial vai-se perdendo pois aquilo não nos diz nada. Ora quando isso acontece, tenta-se então dar um toque caseiro à coisa, mas não passa de mais um remendo. Isto tem vindo a acontecer com muitas coisas no nosso País e também aconteceu no universo das revistas em Portugal. No início deste boom de revistas, cor de rosa ,e não só, limitámos-nos a seguir algumas tácticas já existentes noutros Países, e como tudo era novo para nós foi um deslumbre. Ainda hoje se vendem revistas, que eu pergunto a mim mesmo como é possível !?.

Ora nas revistas ligadas ao nosso desporto, não foi bem assim, mas também a influência de algumas já existentes a nível da Europa foi seguído e até nalguns casos artigos praticamente iguais, traduzidos apenas para Português. A pouco e pouco essa tendência foi-se perdendo e começaram a surgir artigos de origem totalmente Portuguesa e de acordo com realidades do nosso quotidiano e de grande qualidade.

Contudo foi necessário algum tempo para surgir algo totalmente elaborado por Portugueses .

Estamos pois a caminhar lentamente para uma independência em relação ao estrangeiro e com o surgimento de mais uma publicação para breve creio que estamos finalmente a sair do habitual conceito de que:- Para eles (nós), qualquer coisa serve que compram.

Assim serve este meu comentário para incentivar todas as iniciativas e dar os parabéns a quem já arriscou e a quem vai arriscar no futuro.

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A nossa relação com o meio ambiente.

Após todos estes anos em que maltratámos o nosso Planeta, imaginando que era uma fonte inesgotável de recursos de toda a ordem: energéticos, alimentares e que era auto regenerativo tínhamos desculpa pois desconhecia-mos a realidade:agora definitivamente somos CULPADOS.

Culpados pois a economia de alguns fala mais alto que o futuro dos seus próprios descendentes, tal é o egoísmo e a fobia de tentar encontrar a felicidade através da obtenção de bens materiais a qualquer preço.

Como já alguém disse, estamos no Apocalipse e a Natureza dá mostras de que chegámos ao limite: no espaço temporal do Universo o tempo que resta ao Planeta antes de fazer aquilo que já fez várias vezes que é repor o seu equilíbrio estará para breve, pelo menos é o que os estudos científicos apontam: dificilmente, mesmo que as consciências despertassem agora para a realidade e o ser humano invertesse toda a sua atitude, haveria lugar a uma reposição do equilibrio que nos dois últimos séculos se destruiu. A destruição da fauna e da flora é diária e a um ritmo, que passa ao lado dos mais distraídos, que se tornará impossível o retrocesso.

Só uma coisa podemos fazer e é dever de todos nós: fazer com que a catástrofe chegue o mais tarde possível, e isso só com atitudes altruístas e de verdadeira consciência de que a nossa “liberdade” acaba quando colide com a liberdade dos outros.

Nós pescadores desportivos, esqueçam os outros, pois de desportivos não têm nada, temos como dever proteger as espécies que nos dão tanto prazer e nos proporcionam momentos de grande fluxo de adrenalina e bem estar, assim como todo o meio involvente, informar os que não são informados e aqueles que não querem ser, afim de alegarem desconhecer, e denunciar sempre que pescadores, desportivos ou não, forem contra as regras do bom senso (já nem falo em leis), de forma a perpetuarmos estes nossos momentos de lazer o maior tempo possível e quem sabe deixarmos para a próxima geração este legado dos nossos avós.

Que este alerta não caia em saco roto.

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segunda-feira, 4 de Fevereiro de 2008

A limpeza dos pesqueiros e de outros locais

Esta é uma luta já velha, mas sempre actual, pois nada foi alterado até agora. As mentalidades permanecem inalteradas e continuamos diàriamente a confrontarmo-nos com as maiores barbaridades .

Basta passarmos por várias zonas de pesca lúdica/desportiva , molhes, muralhas cais , arribas e praias ( estas até não são dos piores locais, sejamos sinceros:parece que existe algum cuidado por parte dos praticantes de surfcasting), e verificamos isso mesmo.

Por outro lado basta irmos passear para qualquer marina(estou a lembrar-me da ultima vez que fui a Peniche) e os locais para onde a maré arrasta os detritos, cantos e ancoradouros e é impressionante a quantidade de plástico nas suas mais variadas formas, sacos, garrafas, garrafões, embalagens de óleo, assim como caixas de esferovite, restos de pneus, caixas de madeira e um enorme etc...........

Nunca vi ninguém a apanhar estes detritos, assim como também nunca vi locais onde esses detritos possam ser colocados. Peço desculpa se estou a ser muito generalista e espero bem que esteja, pois era sinal que alguma coisa está a mudar.

Mesmo nos pesqueiros indicados como tal, com toponímia na berma das estradas, nunca vi, e peço desculpa mais uma vez se estiver enganado, um caixote do lixo por perto.

Talvez se estivesse à vista daqueles que lhes pesa muito, guardar o lixo e deitá-lo no caixote mais perto, pensassem duas vezes antes de abandonarem o local que é de todos.

Tenho conhecimento que alguns companheiros nossos já fizeram solicitações à sua C.M., no sentido de colocarem contentores próximos dos pesqueiros, mas creio que” caiu em saco roto”.

Só a mudança de atitude de cada um de nós, poderá mudar este estado de coisas.

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domingo, 3 de Fevereiro de 2008

A frustação impede-me de ser um pescador feliz.

Ao longo dos últimos anos tentei refazer um gosto que me tinha sido deixado por familiares que num antigamente em que bastava deitar uma linha comprada na drogaria e meia dúzia de anzóis cabeça de cavalo também comprados avulso me incutiram esse vicio pela natureza e pela sua generosidade. Lembro-me como se fosse hoje; lancei uma cana feita de bambu e um carreto de plástico a imitar o velho sagarra, uma vez após outra, entre elas o fio ficou vezes sem conta todo encaracolado pois mal conseguía chegar à altura do muro da praia do clube naval(Barreiro) devido à minha tenra idade, mas a natureza era fértil e a sorte sorria aos inocentes e pouco a pouco juntei cerca de trinta enguias que mais tarde mostrei todo orgulhoso em casa .

Passados alguns anos, era nas valas do Ribatejo com colegas de trabalho, pois para mim ele começou aos dezasseis : carpas, bogas e barbos vinham parar ao cesto, mas já com uma cana de fibra de vidro comprada com o suor do meu rosto.
Como o destino da juventude era “servir a nação”, mais tarde foi nas praias de Lobito que continuei a deitar a linha à água com resultados espectaculares que não tinham nada a ver com sabedoria, mas sim com o esplendor da Natureza e com toda a sua força.

Depois a paragem; outros valores se levantaram, a família estava como sempre no meu horizonte e resolvi assim que pude começar a trabalhar para isso: casamento e filhos que se seguirão quase de imediato. A pesca parou durante muitos anos e a fotografia surgiu como hobby : Os filhos eram o tema assim como os primeiros passeios após ter adquirido a minha primeira viatura com o suor do meu rosto.

Mas o bichinho não morre dentro de nós e tentei iniciar dentro das possibilidades, pouca disponibilidade financeira e não só, mas de vez em quando lá ia deitando a linha à água conforme podia. Material um pouco melhor, já um Sofi fazia parte do meu saco.Capturas poucas e sem significado pois não percebia nada de mar e quando ia à pesca apanhava sempre mau tempo ou mar impossível, mas o contacto com o mar fazia com que todos os meus sentidos fossem estimulados e libertava-me do stress do dia a dia.

Alguns anos depois, comecei a ter mais disponibilidades e pensei em começar a levar um pouco mais à sério este vício salutar. Mais uma vez algo lutava contra este meu desejo de perceber, de entender as coisas do mar, dos ventos, da lua e tantos outros factores: a saúde pregava-me a partida e os 50% de possibilidade de sobrevivência, obrigaram-me a lutar com todas as minhas forças até hoje, 6 anos depois esperando o dia em que me deem a notícia que tanto desejo. Mesmo durante estes anos de desespero e de luta, como forma de libertar a minha cabeça, acompanhado sempre pela minha inseparável companheira de todos os momentos, rumei ao Algarve várias vezes para desfrutar a calma das suas praias de Inverno e sempre que podia deitava a linha à água. Claro que os locais foram sempre os mais acessíveis(e ainda continuam a ser por várias razões):o molhe de V.R.Stº. António e praia de Monte Gordo; claro que as capturas não tiveram significado, mas o contacto com a natureza e o cheiro do mar ajudaram a libertar-me muitas vezes.

Agora por razões que a razão desconhece os meus spots ficaram reduzidos e a frustração invade-me.

01/02/2008

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